Nos últimos anos, o cicloturismo tem crescido significativamente no Brasil, conquistando cada vez mais adeptos que buscam aventura, liberdade e um jeito diferente de explorar novos destinos. Com um território repleto de paisagens deslumbrantes, o país oferece roteiros para todos os gostos, desde trajetos tranquilos em meio à natureza até desafios radicais por estradas e trilhas.
Além de ser uma experiência inesquecível, pedalar por novos caminhos traz inúmeros benefícios. O cicloturismo melhora a saúde, fortalece o corpo e a mente e reduz o estresse do dia a dia. Também é uma alternativa sustentável ao turismo tradicional, diminuindo impactos ambientais e incentivando uma conexão mais genuína com cada lugar visitado. Sem contar que viajar de bicicleta pode ser uma opção muito mais econômica e enriquecedora, proporcionando encontros inesperados e uma imersão autêntica na cultura local.
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Seja você um ciclista iniciante ou um aventureiro experiente, há um roteiro perfeito esperando por você. Nesta lista, reunimos algumas das melhores rotas do Brasil para diferentes níveis de experiência. Prepare sua bicicleta, ajuste os equipamentos e embarque nessa jornada sobre duas rodas!
1 . Chapada Diamantina (BA)
Para os amantes do cicloturismo que buscam paisagens de tirar o fôlego e desafios técnicos, a Chapada Diamantina, na Bahia, é um destino imperdível. Com seus vales profundos, montanhas imponentes, cachoeiras cristalinas e uma biodiversidade única, a região proporciona uma experiência inesquecível para quem deseja explorar suas trilhas sobre duas rodas.
Roteiros imperdíveis
Entre os trajetos mais desafiadores e belos da Chapada está a Trilha do Vale do Pati , considerada uma das mais bonitas do Brasil. O percurso exige preparo físico, já que combina subidas íngremes, descidas técnicas e terrenos irregulares. No entanto, a recompensa é grandiosa: cenários exuberantes, imersão na cultura local e a sensação de pedalar em um verdadeiro paraíso natural.
Além do Vale do Pati, o Parque Nacional da Chapada Diamantina oferece diversas outras rotas para cicloturistas de diferentes níveis. Percursos que passam por locais como a Cachoeira da Fumaça, o Morro do Pai Inácio e o Vale do Capão garantem uma jornada inesquecível, combinando aventura, superação e contemplação da natureza.
Melhor época para pedalar
A melhor época para explorar a Chapada Diamantina de bicicleta é durante a estação seca, entre maio e setembro. Nesse período, as chuvas são menos frequentes, tornando os caminhos mais seguros e facilitando a travessia dos trechos técnicos. Nos meses mais chuvosos (de novembro a março), algumas trilhas podem se tornar escorregadias e de difícil acesso, exigindo ainda mais atenção e experiência dos ciclistas.
Seja para um pedal de um dia ou uma expedição mais longa, a Chapada Diamantina oferece um cenário perfeito para quem busca aventura e contato intenso com a natureza. Prepare sua bicicleta, ajuste os equipamentos e aproveite essa jornada incrível!
2 . Estrada Real (MG, RJ, SP)
Pedalar pela Estrada Real é como viajar no tempo, percorrendo caminhos históricos que conectam Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Criada no período colonial para escoar ouro e diamantes do interior para o litoral, essa rota de mais de 1.600 km guarda um patrimônio cultural riquíssimo, passando por cidades históricas, paisagens exuberantes e trechos desafiadores que atraem cicloturistas do Brasil e do mundo.
Principais trechos para ciclistas
A Estrada Real é dividida em quatro caminhos principais, mas alguns trechos são especialmente recomendados para quem deseja explorar a região de bicicleta:
Caminho Velho (710 km): Ligando Ouro Preto (MG) a Paraty (RJ), é um dos mais populares entre ciclistas, com belas paisagens e diversas cidades históricas no percurso.
Caminho dos Diamantes (395 km): De Diamantina a Ouro Preto (MG), esse trajeto passa por vilarejos charmosos, cachoeiras e serras desafiadoras, exigindo um bom preparo físico.
Caminho Novo (515 km): Ligando Ouro Preto ao Rio de Janeiro, é menos explorado pelo cicloturismo, mas oferece um pedal rico em história e belas vistas da Mata Atlântica.
Os percursos variam em nível de dificuldade, mas todos possuem trechos de terra, subidas íngremes e descidas emocionantes, exigindo preparo técnico e resistência dos ciclistas.
Infraestrutura e hospedagem
Uma das vantagens da Estrada Real é a boa infraestrutura ao longo do caminho. Há pousadas, hostels e até hospedagens domiciliares que recebem ciclistas, além de restaurantes e pontos de apoio para reabastecimento. Em algumas cidades, como Tiradentes e São João del-Rei, é possível encontrar oficinas especializadas para manutenção das bicicleta.
Além disso, muitos cicloturistas optam pelo passaporte da Estrada Real, um documento gratuito que permite registrar a passagem pelos municípios do trajeto e, ao final, receber um certificado oficial de conclusão da jornada.
Seja para um pedal curto ou para percorrer grandes distâncias, a Estrada Real oferece um roteiro único, combinando aventura, cultura e história em um dos trajetos mais fascinantes do Brasil.
3 . Circuito Vale Europeu (SC)
O Circuito Vale Europeu, localizado em Santa Catarina, foi o primeiro roteiro planejado exclusivamente para cicloturismo no Brasil. Com cerca de 300 km de percurso, o trajeto passa por cidades colonizadas por europeus, como Pomerode, Timbó e Indaial, oferecendo uma viagem repleta de belas paisagens, cultura e tradição. A combinação de estradas de terra bem sinalizadas, rios cristalinos, cachoeiras e montanhas faz desse um dos destinos preferidos dos ciclistas brasileiros.
Infraestrutura excelente para ciclistas
Uma das grandes vantagens do Vale Europeu é sua infraestrutura bem organizada. O trajeto conta com sinalização clara, mapas disponíveis para download e um sistema de credenciamento para quem deseja registrar sua jornada e receber um certificado ao final do percurso. Além disso, há pousadas, restaurantes e pontos de apoio preparados para receber cicloturistas, garantindo conforto e segurança durante a viagem.
Para quem precisa de suporte, há opções de transporte de bagagem, aluguel de bicicletas e guias especializados que ajudam a tornar a experiência ainda mais tranquila e proveitosa.
Dicas de percurso e tempo médio de viagem
O Circuito Vale Europeu é dividido em duas partes principais:
Trecho baixo (100 km): Ideal para iniciantes, atravessa pequenas cidades e propriedades rurais, com subidas leves e estradas de terra bem cuidadas.
Trecho alto (200 km): Indicado para ciclistas mais experientes, inclui serras e subidas mais desafiadoras, mas recompensa com vistas incríveis e contato intenso com a natureza.
O tempo médio para completar o circuito varia de 5 a 7 dias, dependendo do ritmo do ciclista e do nível de experiência. Muitos optam por percorrer o trajeto em etapas, aproveitando a culinária local e as belezas naturais ao longo do caminho.
Com seu clima ameno, infraestrutura impecável e roteiros bem estruturados, o Circuito Vale Europeu é um dos destinos mais recomendados para quem deseja pedalar por cenários deslumbrantes e vivenciar uma experiência única sobre duas rodas.
4 . Serra do Rio do Rastro (SC)
Considerada uma das estradas mais deslumbrantes e desafiadoras do Brasil, a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, é um destino icônico para ciclistas que buscam superação e vistas espetaculares. Com 284 curvas sinuosas e uma altitude que chega a 1.460 metros, esse trajeto exige preparo físico, resistência e muita determinação para encarar a subida.
O desafio das curvas e da altitude
O percurso mais famoso da Serra começa na cidade de Lauro Müller e se estende por cerca de 24 km de subida, com inclinação média de 10% e trechos que ultrapassam os 15%. O trajeto é marcado por curvas fechadas, paredões rochosos e uma paisagem de tirar o fôlego, especialmente ao amanhecer, quando a neblina cobre parte da serra e cria um visual cinematográfico.
Chegar ao topo pedalando é uma verdadeira conquista, recompensada com uma vista panorâmica impressionante do mirante localizado na cidade de Bom Jardim da Serra.
Melhores meses para a subida
A melhor época para pedalar na Serra do Rio do Rastro é entre abril e outubro, quando as temperaturas são mais amenas e há menos chance de chuvas intensas. Nos meses de verão, o calor pode ser extremo, dificultando a subida, enquanto no inverno rigoroso há possibilidade de geada e até neve, o que pode tornar o trajeto perigoso.
Os horários ideais para iniciar o pedal são pela manhã cedo ou no final da tarde, quando o movimento de carros e motos é menor, garantindo mais segurança para os ciclistas.
Dicas de preparação
Treine subidas e resistência: O trajeto exige bastante preparo físico, então treinar em terrenos inclinados antes da viagem é essencial.
Use bicicleta adequada: Uma bicicleta leve, com boas marchas e pneus adequados para asfalto, pode fazer muita diferença no desempenho.
Leve água e alimentação: Não há muitos pontos de apoio no trajeto, então manter-se hidratado e bem alimentado é fundamental.
Vista-se em camadas: O clima na serra pode mudar rapidamente, com frio intenso no topo mesmo em dias ensolarados.
Seja para testar seus limites ou simplesmente para apreciar uma das estradas mais bonitas do Brasil, a Serra do Rio do Rastro é um destino obrigatório para qualquer cicloturista apaixonado por desafios.
5 . Rota do Sol (RS)
A Rota do Sol, no Rio Grande do Sul, é um trajeto fascinante que conecta a charmosa Serra Gaúcha ao litoral, oferecendo uma experiência incrível para os amantes do cicloturismo. Com aproximadamente 200 km de extensão, essa rota permite que ciclistas pedalem por paisagens que vão de montanhas cobertas por araucárias até praias deslumbrantes, passando por cânions impressionantes e pequenas cidades repletas de cultura.
Paisagens naturais e estrutura para ciclistas
O percurso corta regiões de grande beleza natural, como os Cânions Fortaleza e Itaimbezinho, na região dos Aparados da Serra, e o trecho final, que leva às praias do litoral norte gaúcho. A estrada, em sua maior parte, é asfaltada e bem sinalizada, o que facilita a navegação dos ciclistas.
Embora alguns trechos tenham tráfego intenso de veículos, principalmente na alta temporada, a Rota do Sol conta com bons acostamentos em grande parte do trajeto, além de postos de combustível e estabelecimentos onde os ciclistas podem fazer pausas para descanso e alimentação.
Sugestões de paradas e pontos turísticos
Para aproveitar ao máximo o pedal pela Rota do Sol, algumas paradas estratégicas são altamente recomendadas:
Cânion Fortaleza – Localizado no Parque Nacional da Serra Geral, é um dos pontos turísticos mais incríveis da região, com vistas panorâmicas de tirar o fôlego.
Cânion Itaimbezinho– Um dos mais famosos do Brasil, no Parque Nacional de Aparados da Serra, com trilhas e mirantes espetaculares.
Cidade de São Francisco de Paula – Um ótimo ponto para descansar, conhecida por suas paisagens serranas e gastronomia típica.
Litoral Gaúcho – O destino final do trajeto, com praias como Torres e Capão da Canoa, ideais para relaxar depois de um pedal intenso.
A Rota do Sol é um verdadeiro convite à aventura, misturando desafios e contemplação em uma das regiões mais belas do Rio Grande do Sul. Para os cicloturistas que buscam um trajeto diversificado, repleto de natureza e cultura, essa é uma escolha certeira!
6. Pantanal (MS, MT)
Pedalar pelo Pantanal, a maior planície alagável do mundo, é uma experiência única para os amantes do cicloturismo e da natureza. Esse roteiro permite um contato intenso com a fauna e flora da região, oferecendo um pedal tranquilo por estradas de terra cercadas por rios, campos alagados e uma biodiversidade impressionante. Diferente de outros trajetos mais técnicos, o desafio aqui não está na altimetria, mas sim nas condições climáticas e na necessidade de planejamento cuidadoso.
Observação da fauna e flora no percurso
O Pantanal é um dos melhores lugares do mundo para observação de animais silvestres. Durante o pedal, é comum avistar jacarés, araras-azuis, tuiuiús, capivaras, cervos-do-pantanal e até onças-pintadas. Além disso, a vegetação típica da região proporciona paisagens deslumbrantes, com grandes áreas alagadas que refletem o céu e criam um cenário único.
Os melhores roteiros para cicloturismo incluem estradas de terra em regiões como a Transpantaneira (MT) e a Estrada Parque Pantanal (MS), que atravessam o bioma e garantem uma experiência imersiva e autêntica.
Melhor época para visitar e evitar alagamentos
A escolha do período certo é essencial para aproveitar a experiência sem dificuldades. O melhor período para pedalar no Pantanal é durante a estação seca, entre maio e setembro, quando os níveis de água estão mais baixos e as estradas de terra ficam transitáveis. Nesse período, a fauna se concentra em torno das lagoas remanescentes, facilitando a observação dos animais.
Já na estação chuvosa, entre novembro e março, muitos trechos ficam completamente alagados, tornando o pedal inviável. Além disso, os insetos são mais abundantes, tornando a experiência mais desafiadora.
Equipamentos essenciais para o roteiro
Para pedalar pelo Pantanal com segurança e conforto, alguns equipamentos são indispensáveis:
Bicicleta adequada: Modelos de mountain bicicleta com pneus largos são recomendados para enfrentar os terrenos arenosos e enlameados.
Roupas leves e de manga longa: Protegem contra o sol forte e os insetos.
Protetor solar e repelente: Essenciais para evitar queimaduras e picadas de mosquitos.
Sistema de hidratação: O calor pode ser intenso, então carregar bastante água é fundamental.
Kit de ferramentas e câmaras de ar extras: O trajeto pode ser isolado, e furos nos pneus são comuns devido ao terreno irregular.
Binóculos e câmera fotográfica: Para aproveitar ao máximo a observação da fauna e flora ao longo do caminho.
Explorar o Pantanal de bicicleta é uma oportunidade inesquecível de se conectar com a natureza e vivenciar um dos ecossistemas mais ricos do planeta. Com planejamento e os equipamentos certos, essa viagem se torna uma experiência memorável para qualquer cicloturista aventureiro!
7 . Jalapão (TO)
O Jalapão, no estado do Tocantins, é um destino para cicloturistas que buscam desafios em meio a uma das paisagens mais selvagens e impressionantes do Brasil. Com suas trilhas difíceis, serras de arenito, dunas douradas e o exuberante cerrado, o Jalapão é um paraíso para quem deseja se aventurar por um terreno mais bruto, mas recompensador.
Trilhas desafiadoras em meio às paisagens de cerrado
O ciclo do Jalapão é exigente, com terrenos acidentados, poeirentos e muito quentes, exigindo resistência e bom preparo físico. A região é conhecida pelas suas dunas de areia, rios cristalinos, cachoeiras e imponentes formações rochosas, como o famoso Fervedouro, uma nascente onde a água é tão intensa que impede os visitantes de afundarem. Esses elementos tornam o trajeto visualmente deslumbrante, mas também impõem desafios técnicos aos ciclistas.
Necessidade de planejamento e suporte
Por ser uma região remota, o planejamento para pedalar no Jalapão é essencial. O terreno exige atenção constante, com longos trechos sem sinalização e pontos de abastecimento escassos. Além disso, o clima quente e seco, especialmente no verão, pode ser um desafio adicional. A preparação deve incluir um bom kit de ferramentas, reservas de água, alimentos não perecíveis e um plano de contingência em caso de emergência.
É importante também considerar a segurança e o suporte: algumas agências locais oferecem apoio para cicloturistas, como transporte de equipamentos e orientação, o que facilita bastante a viagem. Muitos ciclistas preferem seguir o trajeto com acompanhamento, devido à dificuldade do percurso.
Pousadas e pontos de abastecimento
Apesar de ser uma região de difícil acesso, o Jalapão possui algumas pousadas simples e charmosas que oferecem suporte para os cicloturistas, além de pontos de abastecimento nas principais vilas, como São Félix do Tocantins e Mateiros. O mais comum é que as pousadas ofereçam alimentação típica, com pratos à base de peixes, arroz e arroz-de-coco, ideais para recuperar a energia após um dia intenso de pedal.
Em alguns pontos do percurso, há também restaurantes e pequenas mercearias onde é possível repor os suprimentos, mas os ciclistas precisam estar atentos à logística e ao abastecimento durante o trajeto.
O Jalapão é uma aventura para quem busca explorar o Brasil de uma forma mais selvagem, em contato direto com a natureza e superando os próprios limites. Com o planejamento adequado, essa jornada será inesquecível e com certeza marcará o cicloturista com memórias únicas e paisagens de tirar o fôlego.
8 . Litoral Norte de São Paulo (SP)
O Litoral Norte de São Paulo é um verdadeiro paraíso para cicloturistas, oferecendo uma combinação perfeita entre belas praias paradisíacas, trilhas desafiadoras e um clima tropical acolhedor. O trecho que vai de Ubatuba a São Sebastião é especialmente famoso por suas paisagens naturais exuberantes e pelas diversas possibilidades de percurso, alternando entre estradas asfaltadas e trilhas em meio à Mata Atlântica.
Trecho de praias paradisíacas entre Ubatuba e São Sebastião
Pedalar ao longo do litoral norte é uma experiência única, com praias tranquilas, como Praia do Félix, Praia de Maresias e Praia de Camburi, se alternando com mirantes que oferecem vistas deslumbrantes do mar e das montanhas. O trajeto é perfeito para quem busca, além do desafio de pedalar, a chance de relaxar nas águas cristalinas e desfrutar do ambiente costeiro. As praias são bastante acessíveis, tornando o litoral uma excelente opção para quem quer unir pedal e descanso em um único roteiro.
Alternância entre estrada e trilhas
O percurso entre Ubatuba e São Sebastião combina trechos de estrada com trilhas mais técnicas, que cortam o interior da Mata Atlântica. Enquanto a estrada Rio-Santos oferece trechos asfaltados e de fácil acesso, algumas trilhas que conectam as praias mais isoladas exigem uma bicicleta mais robusta e algum nível de experiência em trilhas de terra. Durante o trajeto, é possível atravessar áreas de vegetação densa, passar por pequenas vilas e até por antigas plantações de café, uma verdadeira viagem pela história e natureza local.
Opções de hospedagem e alimentação
O Litoral Norte paulista oferece diversas opções de hospedagem, desde pousadas simples e acolhedoras em Ubatuba até hotéis boutique de luxo em São Sebastião. A maioria das hospedagens oferece estrutura confortável e boa alimentação, com destaque para pratos à base de frutos do mar frescos e culinária regional.
Ao longo do percurso, também há restaurantes e quiosques nas praias que servem refeições rápidas, como petiscos, sucos naturais e sanduíches. Em vilarejos como Toque-Toque Grande e Juquehy, você encontrará pequenas mercearias e mercados locais, ideais para abastecer a despensa durante a viagem.
Com belas paisagens e infraestrutura de qualidade, o Litoral Norte de São Paulo é uma excelente opção para cicloturistas que buscam combinar aventura e descanso, pedalando por um dos trechos mais encantadores do Brasil.
9 . Caminho do Peabiru (PR, MS, SP, Paraguai)
O Caminho do Peabiru é um roteiro histórico fascinante, que remonta às antigas trilhas usadas por indígenas e exploradores europeus durante o período colonial. Este caminho, com mais de 1.500 km de extensão, atravessa os estados de Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e até o Paraguai, oferecendo aos cicloturistas a chance de pedalar por um trajeto recheado de história, cultura e diversidade de terrenos.
Trilha histórica usada por indígenas e exploradores
Originalmente, o Caminho do Peabiru era uma rota utilizada pelos povos indígenas para o comércio de bens, além de ser uma via de passagem para os exploradores portugueses que se aventuravam pelo interior do Brasil durante o período da colonização. Hoje, a trilha oferece uma rica experiência histórica, permitindo aos ciclistas conhecerem uma parte importante da cultura e da história brasileira, ao mesmo tempo que desfrutam das belezas naturais ao longo do percurso.
O caminho inclui pontos de interesse como sites arqueológicos, antigas trilhas indígenas, ruínas de fortificações e marcos históricos, fazendo dessa rota uma verdadeira viagem no tempo.
Diversidade de terrenos e desafios
O Caminho do Peabiru oferece uma grande diversidade de terrenos, passando por estradas de terra, trilhas no meio da mata, pântanos, rios e montanhas, desafiando até os ciclistas mais experientes. A rota é de dificuldade moderada a alta, e cada trecho exige atenção e preparo físico, já que há variações climáticas, como o calor intenso no verão e o risco de chuvas na estação das águas.
Além disso, a travessia do rio Paraná e a passagem por áreas mais isoladas tornam o trajeto um desafio adicional, exigindo estratégia de abastecimento e, em alguns casos, suporte logístico, como guias locais para facilitar a navegação.
Dicas para um pedal seguro e estruturado
Para garantir uma viagem segura e agradável pelo Caminho do Peabiru, algumas dicas são essenciais:
Planeje com antecedência: O trajeto é longo e pode ser isolado em algumas regiões, então é fundamental ter um bom planejamento de dias, abastecimento de água e comida, e pontos de descanso.
Leve mapas e GPS: Embora o caminho seja relativamente bem demarcado, algumas áreas podem ser remotas e difíceis de localizar. Um GPS de mão e mapas físicos podem ser grandes aliados.
Equipamentos adequados: Como o terreno varia bastante, bicicletas de mountain bicicletas são recomendadas, assim como pneus resistentes para enfrentar os diversos tipos de solo.
Suporte logístico: Considerar contratar um guia local ou entrar em contato com operadores especializados em cicloturismo pode ser uma ótima opção para garantir a segurança e uma experiência mais fluida.
Esteja preparado para o clima: O clima pode ser imprevisível, por isso, é importante levar roupas adequadas para a chuva e o calor, além de protetor solar e repelente.
Equipamentos de emergência: Como o percurso é isolado em certos trechos, é essencial carregar um kit de primeiros socorros , ferramentas para pequenos consertos e câmaras de ar extras.
O Caminho do Peabiru é uma jornada histórica desafiadora, rica em cultura, diversidade natural e uma verdadeira aventura para aqueles que buscam se conectar com o passado e explorar o Brasil de uma maneira única. Com o planejamento adequado, essa rota promete ser uma das experiências mais marcantes para os cicloturistas.
Conclusão
O Brasil é um paraíso para os amantes do cicloturismo, oferecendo roteiros diversificados que atendem a diferentes perfis e níveis de experiência. Desde as dunas de Lençóis Maranhenses até o Caminho do Peabiru, passando pelas paisagens deslumbrantes da Chapada Diamantina e o desafio da Serra do Rio do Rastro, o país se revela de uma maneira única para quem decide pedalar por suas estradas e trilhas. Cada destino é uma verdadeira imersão na natureza, na cultura local e na história do Brasil, proporcionando experiências inesquecíveis.
Seja você um ciclista experiente em busca de grandes desafios ou alguém que deseja iniciar a prática do cicloturismo, há sempre um roteiro adequado para cada necessidade. Além disso, a combinação de saúde, sustentabilidade e contato com a natureza faz do cicloturismo uma prática cada vez mais popular, especialmente com a crescente preocupação com o meio ambiente e a busca por um estilo de vida mais saudável.
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Agora que você conhece alguns dos melhores roteiros de cicloturismo do Brasil, que tal planejar sua próxima aventura? Não se esqueça de compartilhar suas experiências e sugestões de roteiros nos comentários abaixo! Se você já percorreu alguma dessas trilhas ou tem outras sugestões de destinos para cicloturistas, ficaremos felizes em saber suas dicas e histórias.

Meu nome é Maycon Gomes, redator especializado em cicloturismo. Com formação em publicidade, transformo minha paixão por viagens de bicicleta em histórias inspiradoras. Desde roteiros desafiadores até dicas de equipamentos, meu objetivo é compartilhar experiências que incentivem outros a explorar o mundo sobre duas rodas.